sábado, 9 de abril de 2011

Ao meu novo velho amigo...

Quanto tempo faz?
Foi numa tarde
de agosto
ou setembro,
já nem me lembro...
Só sei que foi
mais um suave
encontro,
quando a gente
se rasga,
se entrega
e se ama tanto...
Contei-te,
sofregamente,
os meus segredos,
falei
dos meus medos...
Acariciaste
os meus cabelos
com tua brisa
muito leve...
Foi um longo
roçar,
ou muito breve?
Estavas tão belo!
Águas tintas
de amarelo,
o veludo
do teu verde,
convidava-me
a bailar,
a deitar,
tamanha
a tua formosura!
Doce ventura...
Depois
de um tempo
imenso,
vagando
no mundo
pavoroso,
do não sentir,
dos mortos-vivos,
eis-me aqui,
outra vez,
me atraiste
eternamente,
perenamente,
temos juntos
um longo enredo,
e ao visitar
os teus recônditos
mais belos,
que reservas
só p'ra mim,
e que escondes
de quem só vem
p'ra caminhar
ou velejar,
te amo assim...
Velho novo amigo,
te quero
perdidamente,
nada, agora,
me abate...
Principio,
neste dia,
o teu resgate...
Antes,
que ao findar
o dia,
a revelia,
chegada
a hora
da despedida,
tristemente,
de ti me afaste...

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