Quanto tempo faz?
Foi numa tarde
de agosto
ou setembro,
já nem me lembro...
Só sei que foi
mais um suave
encontro,
quando a gente
se rasga,
se entrega
e se ama tanto...
Contei-te,
sofregamente,
os meus segredos,
falei
dos meus medos...
Acariciaste
os meus cabelos
com tua brisa
muito leve...
Foi um longo
roçar,
ou muito breve?
Estavas tão belo!
Águas tintas
de amarelo,
o veludo
do teu verde,
convidava-me
a bailar,
a deitar,
tamanha
a tua formosura!
Doce ventura...
Depois
de um tempo
imenso,
vagando
no mundo
pavoroso,
do não sentir,
dos mortos-vivos,
eis-me aqui,
outra vez,
me atraiste
eternamente,
perenamente,
temos juntos
um longo enredo,
e ao visitar
os teus recônditos
mais belos,
que reservas
só p'ra mim,
e que escondes
de quem só vem
p'ra caminhar
ou velejar,
te amo assim...
Velho novo amigo,
te quero
perdidamente,
nada, agora,
me abate...
Principio,
neste dia,
o teu resgate...
Antes,
que ao findar
o dia,
a revelia,
chegada
a hora
da despedida,
tristemente,
de ti me afaste...
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