quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Aviso

É um aviso
que diviso,
nas palavras
pressurosas
de que parte...
É grande
o embate...
Partir
é uma arte!
Alegria,
nostalgia
ou saudade
de encontros
cálidos
ou pálidos,
o peito
invade...
Quisera
ser de além,
viver no bem,
não fazer
a passagem,
ir embora
como miragem...
Outro canto
habitar...
Por que
o espanto?
Quem sofreu
tanto,
necessita
descansar!

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Universo

Entender,
quem dera,
o universo,
no seu alvorecer
ou entardecer!
Complexo,
insondável
mistério,
que se mantém,
num único
e intrincado
amplexo...
Leis
e leis,
simples
talvez,
da natureza,
empolgam
mentes
refulgentes
em sua agudeza...
Buscar
a explicação,
a causa
última
das coisas,
é encontrar
o Senhor
da criação!

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Ir

Onde ir?
Onde buscar
alento,
se tudo
é tênue,
um sopro,
como o vento?
Esvair-se
como o escorrer
do sangue,
rápido,
pelas veias,
que, apenas,
vai,
num contínuo
movimento...
Até parar,
derradeiro ai,
sem um grito
ou nenhum lamento!

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Visão

Ah! a visão
ingênua
que o mundo
é bom,
enquanto ele
se dilacera...
Pequena esfera
que se destrói
e se corrói,
envolta
em violência
extrema!
É uma pena!
Haverá paz?
Sentimento
fugaz,
que se desfaz
a menor
aragem...
É o sofrimento
intenso,
que se traduz
num só lamento...

domingo, 7 de agosto de 2011

Linha

Tênue
e fugaz
a linha
que não
se refaz,
que traduz
a vida
desguarnecida...
Mescla
de dor
salpicada
aqui e ali,
pela alegria...
Há tanto
desamor,
tão pouco
amor,
tornando-se
lágrima
ao findar
o dia...