quinta-feira, 28 de abril de 2011

Sequestro...

Ah!
O desejo
desesperador
de resgatar
o brilho,
extraordinário,
daquele olhar...
Tornar-se,
última vez,
uma batterfly
livre,
leve,
solta,
a adejar
sobre guirlandas
coloridas,
cheias de vida...
Construir
um mosaico,
único,
de pensamentos
originais,
enriquecendo,
cada segundo,
o existir
no mundo...
E, sair,
por aí,
a bailar,
ansiando,
aspirando,
ser sequestrada
pelo teu olhar...
Ah! a cor
do teu olhar!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Loucura

Loucura
compreender
e defender,
desesperadamente,
este núcleo
de pensamentos
e sentimentos,
enclausurados,
aprisionados
nesta redoma
tão pequenina
que forma
o misterioso ser...
Reformular
por novos,
os conhecimentos
ultrapassados...
Ir gravando,
de cada personagem,
então desconhecido,
não só a roupagem,
e criar
um novo roteiro,
diferente
dos já acontecidos...
Encerrar
janelas tão caras,
muitas vezes raras,
dos que partem...
Gravar
pra contar
uma história
singular,
de cada ente
conhecido
ou a conhecer,
e se estudar...
Há alguns,
que só gravam
tragédias,
cenas
de miséria,
de sofrimento!
Outros
só de trapaças...
Há aqueles,porém,
onde há tomadas
de puro
encantamento!
Retem-se
vários enredos
na memória,
tanto mais longa,
quanto mais rica,
mais vivenciada
for a trajetória...

Vibrar

Vibrar!
Vibrar!
Vibrar!
Maravilhar-se
com pessoas
ou um espetáculo
da natureza!
Viver
a alegria,
com inteireza!
Recobrar,
resgatar,
reintegrar-se,
modificando
o seu já ido...
Como se
esse enorme
parênteses,
que fora
seu dia a dia,
jamais,
em tempo algum,
tenha existido...

Olhar

Permitir-se
ser invadida
por um olhar,
e o que ele
divisar...
Viver!
Profundamente,
intensamente!
Tornar
cada segundo
o mais belo,
mais doce,
mais sublime,
do seu acontecer
no mundo...

segunda-feira, 25 de abril de 2011

domingo, 24 de abril de 2011

Dúvida

Que fazer
da minha vida
ou do que dela
resta?
Quero viver,
como quem vive,
eternamente,
em festa...
Felicidade
aqui não existe,
dizem alguns,
amargamente
tristes...
O meu âmago,
muita vez
me diz:
"por que
não ser feliz?"
Pergunto,
a mim mesma,
às vezes,
angustiada:
porque não viver
intensamente,
perenemente,
existir
completamente
extasiada?

Angústia

Vai em meio
o caminho
já trilhado...
Sinto,
no peito,
dolorida
tristeza
por ter
fracassado...
Nessa insane busca
do que é efêmero,
deixei passar
sem muitas marcas,
os verdes anos
desta minha vida...
Agora,
quando a velhice
bate à porta,
a certeza
do que fui
e fiz,
do que decidi,
impensadamente,
deixa-me
o gosto amargo
de ter vivido,
existido,
quase inutilmente...

Desejo...

Impossivel
para um ser
alcançar
a profundezas
negras
das fossas
abissais,
ou a imensidão
das via lácteas
colossais
existentes
em outro ser,
jamais...

Flor

Flor,
estou de volta,
graças
ao beneplácito
do Criador!
Voltei
para o Amor!
Tu que nasces
e te expões,
aleatoriamente,
ao mundo
em desvario,
ao ser vazio,
que te ignora,
agora tens
uma observadora
atenta...
Tão bela
a mescla
da tua cor,
o formato
das tuas pétalas,
o verde das sépalas!
Tão suave o perfume
que exalas,
(Por que te calas?)
Tua vida
é tão curta,
um instante,
no entanto,
tanta beleza
imprimes
ao viajor
sedento,
que sofre
sem um lamento...
Há, porém, aqueles
que passam
como tratores
sobre campos verdes
e suas flores...
Coitados!
Talvez nunca
tenham ouvido
um gorjeio
à luz da lua,
se enternecido
com choro
de uma criança,
porque nunca,
em momento algum,
tenham amado...

devaneios

Tirar de mim
os devaneios
é como
arrancar
esteios,
com os quais
suporto
a lida,
a vida
e toda
sua maldade...
Só tristeza,
frieza,
o peito
invade.

Realidade

No mundo,
a vida
borbulhava,
vibrava,
acontecia,
enquanto o eu,
inconsciente,
placidamente
dormia...

Seres reais?

Visionários
vários,
marcaram
o meu ser,
no seu acontecer...
De quatro deles,
neste momento
me lembro,
enquanto só,
vou revivendo...
Dante
e sua busca
desenfreada,
alucinada,
pela mulher
amada...
(Seria ele mesmo,
a diva
tão esperada?)
Milton,
que se perdeu
do paraíso,
nunca encontrado,
por isso
mui desejado...
Cervantes,
a lutar,
sofregamente,
com moinhos
de vento,
inimigos mortais,
em pensamento,
(puro tormento!)...
A endeusar
e muito amar,
a miserável,
imprestável,
vazia,
quiçá vadia
Dorotéia...
Descartes,
a se fechar
para balanço,
criar método,
ao fazer
profundos
questionamentos...
Há tantos outros
na galeria viva
dos que admirei!
Me transportaram
e me deixaram
em um universo
enlouquecedor,
que nunca deixei...
Buscando
respostas,
que agora sei,
jamais terei...

manhã

De manhãzinha,
antes do nascer
do sol,
trazendo
um novo dia,
uma folha
em branco,
pra escrever,
ao som de bandolins,
com acordes divinos,
uma biografia...
A música,
o chorinho,
de mansinho,
vai tomando conta
do ser adormecido,
desfalecido...
Mexe por dentro,
o corpo responde,
como a desejar
o suave alento...
Cada músculos,
os ossos todos
vão dançando,
ao som da melodia,
o corpo tomado
da mais pura
e suave
alegria!
Não estranhes
agora,
o jeito sutil,
suave,
delicado,
quase bailarino
de caminhar
(ou flutuar?)...
O ser doído,
duro,
frio,
vazio
que a possuia,
a empobrecia,
foi embora,
sorrateiramente,
acabou
de a deixar...

Procura

Estou em busca
de palavras
cheias
de significado,
para traduzir
um sentimento
profundo
(o maior do mundo),
em versos
não metrificados...
Há um universo
a se expandir,
a não a implodir,
como um pequeno
vaso,
cheio de flores,
na minúscula sala,
imerso...

Um convite

Entra!
sua casa,
outrora,
abandonada,
tão pobre,
está
em construção,
(não repare não!)
Tapetes macios,
cortinas
trabalhadas,
novas almofadas,
pequenas
esculturas,
telas nas paredes,
falam da sua sede,
sua vontade de viver,
da sua emoção!
Depois
de um longo tempo,
não vivido,
pensou até
tivesse morrido,
retorna à lida,
retoma a sua vida...,
Sentimentos novos,
mais profundos,
novo valor dado
às coisas simples,
aos amores singelos,
às amizades sinceras,
que vão surgindo
ou sempre estiveram
no seu existir,
pacientemente,
à sua espera...
Um ressurgir
das cinzas,
um recordar
e retomar
o que era!

Uma festa de aniversário(quando fiz 40 anos, em l982)

Aconteceu
a festa,
num enorme palco,
onde realizava,
(e se apaixonava!)
sua performance
profissional,
(foi monumental!)
Zelava,
auxiliava,
cuidava
docemente,
duzentas
e setenta
florzinhas,
que lhe permitiam
que as tocasse
e as amasse...
A amada Escola!
A tarde
era linda,
muito sol,
se lembra,
ainda...
No pátio,
oito filas
de pueris
cantavam
alegremente,
festivamente!
A sua salinha
era, logo,
à frente...
Quando saiu
à porta
de entrada,
a criançada
(muito amada),
trazendo
nas mãos,
desde presentes,
ramalhetes caros,
até singelas
florzinhas
cortadas
(arrancadas?)
de algum jardim,
voaram
para ela,
para a beijar
e a abraçar...
Um abraço imenso,
inesquecível,
intenso!
O calor
que emanava
a aqueceria
pela vida afora...
Quando,
tristemente,
vagarosamente,
fosse embora...
A salinha
ficou perfumada
e toda florida
(cheia de vida!)...
Depois,
uma semana
inteira
de festança!
Cada dia
em uma sala!
(Nada se iguala!)
Foi tanto amor
ofertado,
tanta gratidão
dos seres
pequeninos
que ela
se sentiu
embalada,
paparicada
para vida
inteira,
e desejou
pra si mesma,
que esta fosse
a cena
a lembrar-se,
que tivesse,
na sua hora
derradeira...

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Te desejou
na madrugada fria,
quando o cobertor
não a aquecia...
Te desejou,
ao morrer
de sede
no deserto,
(tão perto)
profundamente
árido,
vazio,
doloroso,
onde vivia...
Te desejou,
como se deseja
o viver,
quando se esvai
aos poucos,
sem retrocesso,
sem esperanças
de um amanhã...
Quis se fundir
contigo,
doce amigo,
pensamento,
sentimento,
desejo,
tudo...
(Um escudo!)
Quis se iludir!
Um só ser,
você e ela,
a respirar,
nesse revolto,
proceloso mar,
a navegar...
Venderam-lhe
o sonho bonito
de Cinderela,
sempre à espera
de um salvador,
eterno amor,
que viria,
iluminar,
encantar
os dias dela...
Ao acordar
do pesadelo,
a bela adormecida,
vira que perdera
tudo o que fôra
e o que seria,
jogara fora,
mandara embora,
a sua vida...
Recomeçar?
Sim!
Aspirar
todos os aromas,
internalizar
todos os sabores,
observar
a beleza
das formas
e das cores,
sentir
na pele,
o tocar da brisa
que se eletriza
ao tocar nela,
ouvir
todos os sons,
estridentes
ou suaves,
ao final da tarde...
Enfim,
se embriagar,
viajar
nos detalhes
ínfimos
do mundo
cá fora...
Explodir
de emoção,
arrebentar
o coração,
naufragar
e se encantar,
p'ra nunca mais
ir embora...

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Uma experiência em educação

Escola: Dr. Gabriel Carneiro Martins
Cidade:Londrina-Pr
Realizada pela orientadora educacional
com especialização em Deficiência Mental
Aparecida de Mesquita Werner
Formação:Pedagogia:habilitação em Orientação Educacional e Magistério
Especialização em Deficiência Mental
Anos: l977/l983
Séries: primeira a quarta séries do primeiro grau
idade: 6 a l2 anos
caracterização da clientela escolar: classe média
horário: l3,30h às l7,30h
número de alunos: + ou - 270 alunos divididos em 8 turmas
número de sessões em cada sala: o1 por semana(8 sessões na semana)
Áreas atendidas:
escolar
psicológica
saúde
social
recreativa
profissional

Escolar:
-caracterização e divisão de turmas
-orientação ao aluno novo:
-conhecer a Escola:
-os seus responsáveis;
-meus procedimentos na Escola:
-orientação na transição da quarta para a quinta série(terceira e quarta séries com rodizio de professoras: português, matemática e estudos sociais
-verificação do rendimento escolar de cada aluno
-contato com pais sobre o rendimento escolar dos seus filhos
-o viver em grupos:
-pequeno grupo-sala de aula;
-liderança:
-qualidades de um líder;
-eleição para presidente de turma(3 a 4 séries)
-estabelecimento de normas para cada turma(escolhidas pelos alunos), para o bom relacionamento alunoX alunoe alunoxprofessor( 3 e 4 séries);
-aquisição de bons hábitos de estudo;
- respeito na convivência com o outro;
-amor:amizade,como nos tornamos amigos,duração da amizade.
-noções de higiene
-cidadania
-relacionamento:ira,cólera,inveja, só faz mal para quem a sente
-conhecer-se e construir-se
-participação em conselho de classe
-lazer
-orientação especial aos alunos que apresentam problemas de ajustamento escolar,social e psicológico
-solicitação aos pais para manter diálogo com seus filhos
-conscientizar para uma escala de valores
-encaminhar alunos para órgãos especializados: clínicas psicológicas UEL e Cesulon)
saúde:
-atendimento de alunos com problemas de saúde, encaminhá-los aos diversos órgãos especializados:Hospital Universitário, Oftalmologista, fonoaudióloga,clinico geral,neurologista, Iles, Ilece,e outros
-realização de exames simples de:
-acuidade visual(tabela de Kneller)
-acuidade auditiva( exame rudimentar de audição)
-exames de laboratório( levar para exame, quando for o caso)
-datas comemorativas:dia do estudante, dia da criança, dia do professor,dia das mães,páscoa,dia dos pais,etc.
-auxiliar alunos carentes de recuros econômicos
-falar sobre idosos:
-campanhas para auxiliar idosos (Lar São Vicente de Paula, etc)
- reunião com pais sobre os mais diversos assuntos referentes aos alunos
-utilização de palavras como: obrigado, por favor, desculpe, bom dia,etc.
-utilizar dinâmica de grupo
-propiciar ao aluno horas de lazer:
-sessão de jogos( xadrez, dama, dominó, vareta e outros)
-leitura(biblioteca infantil)
-ouvir música( com exercícios: relaxamento, desenhos, redação sobre algo que viu,ouviu, relato de algum fato acontecido que a música lembre,etc)
-textos: de Michel Quoist, O Pequeno Príncipe, poesias de Cecíla Meireles,etc.
-jogos de amorização
-olhar e ver( observação de si mesmo,do outro, de uma flor, de uma folha, etc)
-discriminar os sons( fechando os olhos ou não)
área profissional:
- pela observação de pessoas trabalhando, a valorização do trabalho, conversas com alguns profissionais, pequenos textos sobre a valorização do trabalho, etc.
Agradecimentos:
Dr. Flávio Dantas Canário
Dra. Eliana Pacheco
Dr. Sérgio Pacheco
Dr. Nuno Balalai
Dra.Olga Tomazini
Equipe de Apoio:
Professora Elsie Maria Pereira da Silva-socorrista
Socióloga Maria Helena S. Nascimento
Professoras:
Marlene Masso Capriglione
Edir Campreguer Santos
Claudina Ednir Cellegari
Luci Guedes Bereta
Maria Santana de Souza
Josefa Aparecida Dias
Maria Nadir C. Panchoni
Laura Sanches da Silva(im memorian)
Elza Satiko Nakamura
Vilma Maria Orsioli
June Gonçalves de Azevedo
Tela de Fátima Pozzobon
Helaine Moura Oliveira
Marinilce Ferreira dos Santos
Aparecida de Lujan S. Caleffi
Isaura Mieko O. Arai
Rosilena Giatti Rodrigues
Clelia Terezinha C. Varela
Edenir G. Pelissari
Conceição Masironi Andrade
Maria Aparecida Sellman
Coordenadora de primeira a quarta séries:
-Leonor Dinardi Borges
Diretora:
- Irene Ortiz
ATIVIDADES EXTRA-CURRICULARES
-1978:CONVÊNIO COM O DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA DE UEL: DUAS ESTAGIÁRIAS( BETH E SANDRA), DO NONO PERÍDO DE PSICOLOGIA, FIZERAM SEU ESTÁGIO NA ESCOLA, OBSERVANDO O PESSOAL TÉCNICO-ADMINISTRATIVO,CORPOS DOCENTE E DISCENTE, A FIM DE LEVANTAREM OS PROBLEMAS EXISTENTES, POIS SENTIU-SE A NECESSIDADE DE UM TREINAMENTO PARA PROFESSORES.
-1979:TREINAMENTO PARA TODOS OS PROFESSORES QUE QUISESSEM PARTICIPAR, NA ESCOLA, UMA VEZ POR SEMANA, COM DISPENSA DE ALUNOS POR 1(UMA) HORA MAIS CEDO.CURSO DADO COM DURAÇÃO DE UM ANO PELAS ESTAGIÁRIAS
ACIMA CITADAS,ORIENTADAS PELA SUPERVISORA DE ESTÁGIO, DO CURSO DE PSICOLOGIA DA UEL.
-1980: PRESENÇA DE UM ESTAGIÁRIO DE PSICOLOGIA, PARA DAR ATENDIMENTO AOS PROBLEMAS SURGIDOS.
-1980: CRIAÇÃO DA PRÉ-ESCOLA NO ESTABELECIMENTO
-1980: INÍCIO DO FUNCIONAMENTO DE CLASSE ESPECIAL
-1980: MUDANÇA DE CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DE 1 A 4 SÉRIE
Bibliografia:
Livro: Associação orientadores de Minas Gerais-l980
-Educar para a responsabilidade:Maria Junqueira Schmidt
-Mergulho no inconsciente:Paddy Chauefski
-Ensinando à criança:Alaide M. Marcozzi e outros
-Teorias de Aconselhamento: Ruth Sheeffer
-Tratamento de distúrbios de aprendizagem:Robert Valett
-Supervisão e currículo Org. Arlette D'Antola
-Escola nova, tecnicismo e educação:Guimar N.Mello
-Educação crítica e seu método-J.Simões jorge
-A criança aprende brincando:P.M.Pikardi
-Atividade na pré-escola:Idalina Ladeira Ferreira
-Fundamentos de Orientação Educacional:Wilma M.A.Penteado-organizadora
-A criança auto-confiante:Jean Yoder e Willian Proctor
-Orientação Educacional:Maria Junqueira Schimidt
-Deficiência mental:Comissão conjunta em aspectos internacionais de DM
-Orientação e desenvolvimento do potencial humano:Oswaldo B. Santos
-Pedagogia da educação sexual:Claude Lejeune
-Princípios básicos de currículo de ensino:Ralph W. Tyler
-Orientação profissional- um diagnóstico orientador:Selma G. Pimentel
-Orientação Educacional: Áurea C. Sigrist
-Dinâmica de OE:Ilka Neves
-Sociologia da Educação:Paulo Meksenas
-Aula como processo:Juracy C. Marques
-Sociedade sem Escola:Ivan Illich
-Educação e Contradição:Carlos R.J.Cury
-Planejamento em OE:Heloisa Luck
-Disfunções psicossociais do menor carente:Heloisa Luck
-Orientação Educacional-sessões coletivas-Marília da Silva Abrão
-Dinâmica de grupo e relações humanas-Silvino José Fritzen
-O relacionamento de ajuda- Robert R. Carkhuff
-Como se realiza a aprendizagem-Robert M. Gagné
-A educação do aluno lento-George Orville Johnson
-Psicologia Educacional-Lannoy Dorin
-Orientação para escolha profissional-Robert L.Gibson

-SE TIVESSE QUE REALIZAR ESSE TRABALHO HOJE, ACRESCENTARIA:
-CONHECER A PESSOA DE JESUS, SEM SECTARISMO
-LEITURA DE LIVROS DO DR. AUGUSTO CURY SOBRE EDUCAÇÃO E SOBRE JESUS
-INÍCIO E DESENVOLVIMENTO DE ESTUDO SOBRE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL(COLOCAR EM PRÁTICA).
- ESTUDO SOBRE INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS, livros Celso Antunes
Esse trabalho foi copiado de Planejamentos semestrais de Orientação Educacional e Relatório de Atividades Anuais, enviados para a Secretaria de Educação do Estado do Paraná, e estão de acordo com originais em posse
da referida professora, junto com material de anotação.

domingo, 17 de abril de 2011

Vem cativar-me...

Vem, vem,
meu novo
amigo,
ou muito antigo,
vem criar
profundos
laços,
comigo,
neste mundo
pequenino,
onde o ser
sensível
é tão escasso...
Terás sempre
um momento,
o mesmo
horário,
p'ra chegar,
e ficarei feliz
a te aguardar...
Esperarei,
ansiosa,
a ouvir
teus passos,
sentirei
na pele,
o calor
do teu abraço...
Um dia
me falarás
das tuas alegrias,
num outro,
contarás
os teus sonhos
ou fantasias...
Dividirei
contigo,
as minhas dores,
os meus queixumes,
meus dissabores,
os meus amores...
Admirar
o belo,
compartilhar
silêncios,
falar de nada,
coisas bobas,
irrelevantes,
ouvir o som
cristalino,
das gargalhadas....
E, assim, instante
a instante,
seremos unidos
por sentimento bom,
tranquilo...
Trocar
lembranças
e esperanças,
rir à toa,
que coisa boa!
E, quando fores,
p'ra outras
paragens,
colher outras
flores,
a tua imagem
na tua passagem,
ficará na retina...
Sempre se sofre,
quando se perde
alguém que se estima...
(O viver é assim,
um despedir
sem fim!)
Chorarei
lágrimas sutis,
não percebíveis,
na despedida,
na tua ida...
Embriagar-me-ei
de ternura,
serás pra mim
uma saudade
cálida,
doce ventura,
a mais terna,
a mais suave,
a mais bela
da minha vida!

Um louco amor...

O louco Amor
do Criador!
Tu vieste
porque sabias
e sentias
que Tuas criaturas
seriam jogadas,
estilhaçadas,
nenhuma ternura,
em profundezas
inimagináveis,
não alcançáveis,
abissais...
Mergulhadas,
naufragadas
em solidão
imensa,
cósmica,
retornar a Ti,
por elas mesmas,
em tempo algum,
jamais...
Deixaste, então,
Teu Pai,
que tanto adoras,
Teu reino
encantado,
Teu paraíso,
a adoração
do universo,
Teu aconchego,
e vieste embora...
Aportaste aqui,
neste lamaçal,
violento
tristemente mau...
Corrias
o risco
de não voltar,
se sucumbisses
à sedução
do mortal
inimigo,
sim, corrias
grande perigo!
Tudo deixaste,
Príncipe querido,
pra resgatar
as ovelhinhas
perdidas,
enlouquecidas,
que resolveram
outro caminho
trilhar...
O mais sublime
e cálido Amor
ofertaste!
Nada pediste
em troca
de tamanho
sacrifício...
Trocar
Tua vida,
tão preciosa,
por míseros
vagabundos,
um desperdício!
Agora,
Teu ser me espera,
pacientemente...
Respeitas tanto
o meu querer,
que p'ra
me deixar livre,
decidiste morrer...
Em qualquer tempo,
no rigoroso inverno
ou na primavera,
me esperas,
amorosamente...
Se volto,
enlanguecida,
arrependida,
aos teus braços,
sou envolvida
pelo mais terno,
mais carinhoso,
envolvente
dos teus abraços...

sábado, 16 de abril de 2011

Há um lugar...

Nele um rio
de águas puras
cristalinas,
que flui,
mansamente,
e sai debaixo
de um palácio
encantado...
Cravejado
de rubis,
esmeraldas,
topázios,
ametistas,
pedras
tantas!
Ele me encanta!
Rodeado
de árvores
frondosas,
as mais belas,
as mais viçosas,
esplendorosas...
Caminhos,
calçados
de cristais!
As flores,
belíssimas,
perfumam
o lugar,
embriagam,
com seus aromas,
quem por ali,
venturoso,
transitar...
O gorjeio
dos pássaros,
o cantar
da cotovia,
só convida
à alegria...
Respira-se
inesgotável Amor,
nesse lugar,
acolhimento,
exclusão
lá não existe...
Não há tristeza,
ou sofrimento,
não se vê
lágrimas
no olhar,
sorriso triste...
É para ali
que vou
nos momentos
de amargura,
de desventura,
ou solidão,
quando a dor
cala fundo,
e é maior
que o mundo,
difícil
de carregar...
Temo a morte
tão traiçoeira,
que me persegue,
sempre ao meu lado,
a vida inteira,
mesmo qo saber,
que ao findar,
irei, com certeza,
pra esse lugar
alucinante,
verdejante,
é só desejar...

Arte retomada, vida resgatada- Nelson Sato- Folha de Londrina-l2/04/2011

A artista plática Cy Mesquita, 69 anos, voltou a respirar arte. Vítima de depressão, ela ficou quase duas décadas longe do ateliê, atravessando os dias à base de remédios. Há dois anos, abriu a janela para deixar o sol entrar em sua vida emocional.Com esforço, removeu os escombros que a paralisavam e retomou as atividades criativas, com ênfase na produção de esculturas.
É essa produção que ela mostra na exposição "- Resiliência", cuja vernissage ocorre hoje,
às 20 horas, na Casa de Cultura José Gonzaga Vieira, em Londrina. A individual reúne cerca de 40 peças em cerâmica, bronze fundido e resina de poliéster. A temática das obras aborda o amor em suas diversas representações sociais.
A exposição fica em cartaz até o dia 25 de abril.A artista explica que o título quer dizer "dar a volta por cima". "Estive doente durante 18 anos.Fiquei sem chão depois da aposentadoria(trabalhava como orientadora educacional) e de outros problemas pessoais, e passei a tomar antidepressivos, o que deixou minhas emoções adormecidas. Agora estou recuperando tudo o que fazia antes, é um resgate de mim mesma", conta ela.
  O "tudo" inclui não somente a produção de esculturas, mas também de pinturas e poesias. "Já participei de uma coletiva em Maringá(PR) e de duas edições da Mostra Zumbi dos Palmares. Também tive poemas incluídos numa coletânea publicada em Ibiporã(PR).Agora estou reaparecendo com uma exposição individual. Pela primeira vez vou colocar minhas obras sozinhas para o julgamento do público. Estou com muita expectativa", diz.
  Entre os projetos futuros está a publicação de um livro de reminiscências sobre Bela Vista do Paraíso(PR), sua terra natal. As lembranças, avisa ela, virão em forma de versos.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Quiça
dentro de cada mulher,
exista
uma encantadora
cinderela
com muitos sonhos,
belos devaneios,
como quem está
sempre à espera...
Lá ao longe,
na estradinha
de terra,
que corta o bosque,
muito florida,
vem um homem,
fascinante,
o príncipe
da sua vida?
A fantasia,
um dia,
tomara conta
do seu ser,
quase encantado,
apaixonado...
Juras de a
ditas na janela,
doces encontros
ao entardecer,
faziam parte
das lembranças dela...
Porém, de repente,
assim como uma nuvem,
uma quimera,
como viera
o ser se foi
pela estrada
florida,
cheia de vida...
E agora,
o que fazer
senão sofrer?
Um amor amigo,
o mais belo,
profundamente terno,
criara muitos laços,
porque muito antigo.
Um vazio imenso,
uma tristeza infinda,
a devora,
(como dói ainda!)
P'ra sarar,
quando sara,
demora...
Ocupara no seu ser
todos os espaços...
Sentia na pele
o calor sublime
do último abraço...
Uma lembrança
dolorida,
provocada
por uma ilusão
enlouquecedora,
arrebatadora,
como é toda paixão...
Tocara,
incendiara,
as cordas sensíveis
do jovem coração...
Perder os sonhos
na juventude,
as fantasias
de cinderela,
(sutis e belas!),
o despir-se
de toda ilusão,
é matar,
com requintes
de crueldade,
o ente criativo
que desponta,
é sufocar
a imaginação...
Não tem perdão!

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Matéria publicada no Jornal de Londrina sobre exposição de esculturas

A arte do recomeço Cy Mesquita volta a expor suas obras hoje depois de 18 anos afastada do cenário artistico
É tempo de recomeço, retomar a vida e conhecer-se novamente. A arte, por vezes uma expressão dos sentimentos mais íntimos, tem papel fundamental nesse processo de reencontro. De modo especial na vida da artista plástica Cy Mesquita, que deixou para trás uma depressão que lhe acompanhou durante 18 anos. Agora, a artista voltou a trabalhar em esculturas e pinturas e abre a exposição Resiliências hoje à noite, com uma vernissage às 20 horas na Casa de Cultura José Gonzaga Vieira (av. Higienópolis, 1910). As obras ficam expostas até o dia 25 de abril.
São quase 40 esculturas pequenas que tratam do amor entre casais, entre famílias, além dos amigos. “Gosto muito de falar do amor e também gosto das curvas, algo que seja visualmente agradável e dê vontade de manusear, de tocar”, explica Cy. Sentimentos que por muitos anos estiveram adormecidos. “Tomei medicação durante 18 anos e isso me tirou um pouco fora de órbita. Eu sempre falo que a gente fica na terra dos mortos-vivos. Não há emoções e eu fiquei meio estacionada”, conta.
No ano passado, a médica retirou a medicação da artista, que aos poucos voltou às atividades interrompidas 18 anos atrás. “Eu recomecei. Procurei um curso de cerâmica em setembro do ano passado. Comecei a fazer e me disseram para usar o bronze porque estavam boas. Refiz e passei a resgatar”, diz. Justamente por isso a artista batizou a individual de Resiliências. “Resiliência é isso, é uma volta ao passado”, justifica. A partir de então, Cy retomou muitas coisas que se perderam ao longo destes anos.
Depois de preparar a exposição, a artista saiu para convidar os amigos de antes. “Tive reencontros que estão valendo muito para mim. Estou retomando muitos amigos de 50 anos atrás. Revejo gente e a emoção deles é grande”, diz. Num desses encontros, Cy se deparou com uma amiga que tinha guardado um livro de poesias escrito pelo menos 35 anos antes. “Eu havia rasgado minhas poesias e pedi o livro emprestado para eu ver o que escrevia”, conta.
Para a artista, todo recomeço é difícil, mas ao mesmo tempo é uma época de decisões. Cy conta que o marido teve um Acidente Vascular Cerebral (AVC) há dois anos. Desta forma, houve uma inversão de papéis. Enquanto ela estava doente, dependia do marido. Agora é diferente. “Sou eu quem decido as coisas hoje. É uma experiência única, fascinante. Fico me observando às vezes, em certas reações”, revela. Um pouco de tudo isso está nas esculturas, algumas delas feitas em bronze, mas a maioria produzida em argila e resina.
Anteriormente, a artista já havia exposto esculturas e pinturas em mostras Zumbi dos Palmares e em outras coletivas. Desta vez, porém, é uma individual, e Cy revela estar com um frio na barriga, embora ao mesmo tempo sinta-se em casa. “Sinto que quem vai na exposição são meus amigos. Então parece que estou em casa”, diz.
– Resiliências – Exposição com esculturas de Cy Mesquita na Casa de Cultura José Gonzaga Vieira (av. Higienópolis, 1910). Abertura hoje, às 20 horas. Grátis.
Igapó tornou-se um velho novo amigo
É uma correria. Tem gente andando, tem gente correndo. Outros mais apressadinhos passam voando de bicicleta. Nesse tempo de recomeço, de resgate, um dos grandes reencontros que Cy Mesquita teve foi com seu antigo amigo, o Lago Igapó. Desde muito tempo ela não apreciava a paisagem, não visitava o amigo, nem caminhava por ele. “Ontem [domingo] estive lá. Foi um êxtase caminhar pelo lago. Rever, apreciar. É um resgate de mim mesma”, destaca.
A próxima exposição certamente será sobre este novo velho amigo. “Tenho umas oito telas em óleo prontas sobre o lago. E pretendo fazer uma exposição somente sobre este tema”, revela. Embora esteja com todo o pique, Cy avisa que os amigos precisam de paciência. “Estou retornando e as telas podem não estar muito boas”, brinca. Mesmo assim, garante ser muito bom voltar.

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veja matéria na íntegra:
http://www.jornaldelondrina.com.br/divirtase/conteudo.phtml?tl=1&id=1115434&tit=A-arte-do-recomeco

Jesus

Te encontro
quando examino
uma folha
verde,
ou na beleza
da cor
de cada flor,
no canto
dos pássaros
na madrugada,
ainda gelada,
no sorrir
de uma criança
(quanta esperança!)...
Tudo me fala,
exala,
o teu Amor!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Uma cena...

Uma lua cheia,
enorme,
amarela,
com sua luz,
puro romance,
invadindo,
penetrando,
pela janela,
nesse mundo
pequenino,
puro aconchego,
(que chamego!),
que era só dela...

solidão cósmica

Quando nasci,
largada,
jogada aqui,
em solidão
cósmica,
única,
num universo,
ou seu reverso?
Consciência
brutal,
indescritível,
de um existir
à revelia...
Sei que
respiro
e penso,
por isso
existo?
Atuo,
ínfimo ser,
quase nada,
neste palco
diminuto...
Cada minuto
que passa,
é um a menos,
a encurtar
minha jornada...
Sentimento
atroz
o ignorar,
o não saber,
o não pertencer!
Sinto,
nas entranhas,
sede tamanha,
necessidade
de crer,
do pertencer
ao Teu Ser!

terça-feira, 12 de abril de 2011

Uma overdose
de emoções
seu ser invade...
Mais um momento
único,
impar,
de felicidade!
Como agradecer,
por trazer
este fio
tênue
de lembranças
inesquecíveis,
irresistíveis?
Meu ser
se perde
nas suas alamedas,
nas ruas estreitas,
ou por vielas,
já esquecidas...
É bom
o caminhar
descalça,
sorvendo
cada emoção
mais violenta...
O coração doe,
não aguenta...
Nasci para ir
dos píncaros
do Himalaia,
às profundezas
de um abismo
tenebroso,
sem ter medo
de me perder,
e bater
nos rochedos,
jogada
pelas ondas
de um mar
tempestuoso...
Quando um dia,
ao findar da lida,
juntando os cacos,
acariciar,
suavemente,
as cicatrizes,
ou vivas feridas,
direi baixinho,
para mim mesma,
como consolo,
na última cena:
"valeu a pena!"

sábado, 9 de abril de 2011

Ao meu novo velho amigo...

Quanto tempo faz?
Foi numa tarde
de agosto
ou setembro,
já nem me lembro...
Só sei que foi
mais um suave
encontro,
quando a gente
se rasga,
se entrega
e se ama tanto...
Contei-te,
sofregamente,
os meus segredos,
falei
dos meus medos...
Acariciaste
os meus cabelos
com tua brisa
muito leve...
Foi um longo
roçar,
ou muito breve?
Estavas tão belo!
Águas tintas
de amarelo,
o veludo
do teu verde,
convidava-me
a bailar,
a deitar,
tamanha
a tua formosura!
Doce ventura...
Depois
de um tempo
imenso,
vagando
no mundo
pavoroso,
do não sentir,
dos mortos-vivos,
eis-me aqui,
outra vez,
me atraiste
eternamente,
perenamente,
temos juntos
um longo enredo,
e ao visitar
os teus recônditos
mais belos,
que reservas
só p'ra mim,
e que escondes
de quem só vem
p'ra caminhar
ou velejar,
te amo assim...
Velho novo amigo,
te quero
perdidamente,
nada, agora,
me abate...
Principio,
neste dia,
o teu resgate...
Antes,
que ao findar
o dia,
a revelia,
chegada
a hora
da despedida,
tristemente,
de ti me afaste...