sexta-feira, 15 de abril de 2011

Quiça
dentro de cada mulher,
exista
uma encantadora
cinderela
com muitos sonhos,
belos devaneios,
como quem está
sempre à espera...
Lá ao longe,
na estradinha
de terra,
que corta o bosque,
muito florida,
vem um homem,
fascinante,
o príncipe
da sua vida?
A fantasia,
um dia,
tomara conta
do seu ser,
quase encantado,
apaixonado...
Juras de a
ditas na janela,
doces encontros
ao entardecer,
faziam parte
das lembranças dela...
Porém, de repente,
assim como uma nuvem,
uma quimera,
como viera
o ser se foi
pela estrada
florida,
cheia de vida...
E agora,
o que fazer
senão sofrer?
Um amor amigo,
o mais belo,
profundamente terno,
criara muitos laços,
porque muito antigo.
Um vazio imenso,
uma tristeza infinda,
a devora,
(como dói ainda!)
P'ra sarar,
quando sara,
demora...
Ocupara no seu ser
todos os espaços...
Sentia na pele
o calor sublime
do último abraço...
Uma lembrança
dolorida,
provocada
por uma ilusão
enlouquecedora,
arrebatadora,
como é toda paixão...
Tocara,
incendiara,
as cordas sensíveis
do jovem coração...
Perder os sonhos
na juventude,
as fantasias
de cinderela,
(sutis e belas!),
o despir-se
de toda ilusão,
é matar,
com requintes
de crueldade,
o ente criativo
que desponta,
é sufocar
a imaginação...
Não tem perdão!

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