domingo, 24 de abril de 2011

manhã

De manhãzinha,
antes do nascer
do sol,
trazendo
um novo dia,
uma folha
em branco,
pra escrever,
ao som de bandolins,
com acordes divinos,
uma biografia...
A música,
o chorinho,
de mansinho,
vai tomando conta
do ser adormecido,
desfalecido...
Mexe por dentro,
o corpo responde,
como a desejar
o suave alento...
Cada músculos,
os ossos todos
vão dançando,
ao som da melodia,
o corpo tomado
da mais pura
e suave
alegria!
Não estranhes
agora,
o jeito sutil,
suave,
delicado,
quase bailarino
de caminhar
(ou flutuar?)...
O ser doído,
duro,
frio,
vazio
que a possuia,
a empobrecia,
foi embora,
sorrateiramente,
acabou
de a deixar...

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