Quero crer
que há universos
extraordinários,
imensos,
acima
e abaixo
do que vejo
e penso...
Ligados,
amalgamados
pela Lei
do Amor,
exalada,
vivenciada
pelo seu Criador...
O palco
onde escrevo
e atuo,
com lágrimas,
suor
e sangue,
o meu enredo,
e encontro
o meu algoz,
é violento,
sangrento
atroz,
na contramão
do infinito...
É nele,
que ao morrer
de dor,
meu ser
se esvai
sem um só grito...
Preciso crer!
Aspiro
conhecer
um mundo
belo,
puro,
limpo..
O meu olimpo!
Onde
minh'alma
possa flutuar,
navegar,
dançar,
sem sorver
este cálice,
amargo,
asqueroso,
de absinto...
Sonhar
com o Pai
amoroso
do qual a Bíblia
fala!
Ela me embala...
Que me fez
do barro,
mui delicadamente,
e soprou
nas narinas,
mui docemente,
o hálito da vida...
Que é esse sopro?
Pergunto estarrecida.
Jesus,
pregado à cruz,
em sofrimento
infinito,
nenhum lamento
na penúltima
e breve fala
me responde,
ao clamar
ao Pai,
que tanto adora:
"Senhor! Em tuas mãos
entrego meu espírito!"
Será
que falarei assim,
quando, então,
num único grito,
ou num sussurro,
o primeiro
e o derradeiro,
meu ser
se despedir,
se esvair,
e for embora?
Nenhum comentário:
Postar um comentário