segunda-feira, 7 de março de 2011

Tu me criaste,
aqui me colocaste,
e por optar
pelo mal,
nem livre,
nem leve,
ou solta...
Me fizeste
sem nada
pedir,
ou exigir...
Vagarosamente
escrevo,
com pena dourada
do Teu amor,
longas histórias
de paixão e dor...
Ao me modelares,
sopraste,
nas narinas,
um "fôlego
de vida!"
Os pensamentos
e os sentimentos
provém
de um pedaço
de "carne pensante",
(que frustrante!)
ou advêm,
de algo mais,
que um dia,
à minha revelia,
puseste em mim?
Duro embate,
que me abate,
divide o ser,
que pensa ter
respostas certas
para insondáveis
mistérios...
(Nenhum refrigério!)
Navegar,
num oceano
proceloso
de dúvidas
atrozes,
(algozes!)
é a sina
que se me destina,
até o doloroso final,
quando meu respirar,
vagarosamente,
inevitavelmente,
docemente,
terminar...
Só tenho certeza,
do Teu existir
e do meu,
pelo prazer
imenso
de pensar..

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