sábado, 5 de março de 2011

Quem eras,
Mestre de Nazaré
que não davas,
nenhuma trégua,
ao amar sem fim?
E o perdoar,
que apregoas,
me transforma
e me torna
tão leve assim?
Sei que aqui,
sou breve...
Suave pluma
ao sabor
da aragem,
na vadiagem...
Sem ontem,
nem amanhã,
apenas,
tão somente,
o resplandecente
o agora,
que num segundo,
irá embora....
Tornei-me,
de repente,
um cultivador
de flores,
os meus amores...
São mais belas
as que florecem
no inverno,
mais raras,
por isso,
mais caras!
Encontradas
dificilmente,
diligentemente
procuradas,
como o divisar,
o visualizar
pastagens
verdejantes,
onde há instantes,
não alardeia,
só existia
a dureza
das pedras,
a frieza
da areia...
Esse andar,
peso nenhum
a carregar,
transforma
o caminhar
num divino
flutuar...

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