Passaste
sadica,
vagarosa,
cruelmente,
como um trator,
sobre o canteiro
das minhas flores
coloridas,
os meus amores,
a minha vida!
Por quase nada,
na mesma estrada,
destruiste
tudo que eu era...
O mais triste
acontecer
da primavera...
Tornei-me
um barco,
sem porto,
à deriva...
Ainda que
respire,
que viva
mil anos,
ficarão
impressas,
em mim,
as marcas,
cruéis
do desengano...
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