sábado, 19 de fevereiro de 2011

Entraste
como uma rajada
de ar fresco,
um clarão
iluminando,
clareando,
a noite escura,
nesse lar
idoso,
mofado,
abandonado,
há tanto tempo,
ultrapassado...
Clareaste
o recônditos
escuros
e bolorentos
do sotão
de lembranças,
quase perdidas,
hoje sem vida...
Levaste
com teu gargalhar
despreocupado,
a leveza
do teu existir,
e esse não sofrer
antecipado,
estes velhos
que ficaram
extasiados,
a não resistir...
És alguém
tão rarefeito,
quase perfeito,
difícil
de encontrar!
Alguém fácil
pra se conviver,
suave pra se amar...

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