sábado, 25 de setembro de 2010

Uma dança

É madrugada!
Seus pés
deslisam
pela áspera
calçada...
Dança,
solitária,
ao som
dos grilos,
muito tranquilos...
O que era
de manhã
um lindo caminho
iluminado
pela luz do sol,
entre chalés
vazios
e árvores
raras,
agora
é escuridão,
quebrada,
aqui e ali,
por pequenas
lâmpadas
amarelas...
Não há platéia,
só uma coruja
dolente,
voeja
pelos telhados,
avermelhados?
Uma vez mais,
queda-se
agradecida
ao Pai
pelo cenário...
Exausta cai
na grama molhada!
Um sentimento
de plenitude
a invade...
A mente,
silencia,
pacificada...
Desta hora
tardia,
desse lugar
luxuriante,
uma certeza
permanece:
Nos amanhãs
da sua vida,
como que
a consolando,
restará
a doce
lembrança,
e uma dorida,
todavia
deliciosa
saudade...

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