Olho
os barcos
na tela,
sobre a mesa.!
A lua enorme,
logo atrás,
acesa...
Que belos são!
Transmitem
tanta paz...
Eternizam,
com certeza,
um desejo,
ou quiçá,
ou uma saudade!
Breve instante,
raro,
único,
fugaz,
de felicidade...
domingo, 26 de setembro de 2010
Mar
Hoje somos
dois velhos
amantes...
Me encontro
no fim
da estrada...
Em plenitude,
tranquila,
após a alucinante
caminhada...
Ainda me lembro,
(tanto tempo faz!)
era setembro?
Tocavas
cada partícula
do meu ser
embriagado...
Eu era só
entrega,
só abandono...
Momentos
indizíveis,
inesquecíveis,
porque eternos...
Uma história
de encontros
e desencontros,
de busca
e de espera,
no inverno
ou na primavera...
Hoje,
te contemplo
da areia,
cheia
de doces
lembranças,
tomada
por uma emoção
intensa!
Não há
agora
desejo,
ou um lampejo,
quedo-me
saciada...
Só há
a saudade
atroz,
quando eu,
inebriada,
era atraída
e perdida,
pela tua voz...
dois velhos
amantes...
Me encontro
no fim
da estrada...
Em plenitude,
tranquila,
após a alucinante
caminhada...
Ainda me lembro,
(tanto tempo faz!)
era setembro?
Tocavas
cada partícula
do meu ser
embriagado...
Eu era só
entrega,
só abandono...
Momentos
indizíveis,
inesquecíveis,
porque eternos...
Uma história
de encontros
e desencontros,
de busca
e de espera,
no inverno
ou na primavera...
Hoje,
te contemplo
da areia,
cheia
de doces
lembranças,
tomada
por uma emoção
intensa!
Não há
agora
desejo,
ou um lampejo,
quedo-me
saciada...
Só há
a saudade
atroz,
quando eu,
inebriada,
era atraída
e perdida,
pela tua voz...
Retorno
Por dezoito anos
esteve prisioneira!
Drogas
poderosas
controlaram
a sua mente,
impedindo-a
de viver
intensamente...
Hoje,
retorna à lida,
à vida,
ao trabalho,
fascinante,
de tornar a ser...
Agora,
sente n'alma
esta imensa,
inebriante,
contagiante
vontade
de viver...
esteve prisioneira!
Drogas
poderosas
controlaram
a sua mente,
impedindo-a
de viver
intensamente...
Hoje,
retorna à lida,
à vida,
ao trabalho,
fascinante,
de tornar a ser...
Agora,
sente n'alma
esta imensa,
inebriante,
contagiante
vontade
de viver...
Relembrar
Momento
a momento,
o tempo
escorre...
Está agora,
no silêncio
da madrugada,
sozinha,
a versejar.
O pensamento
voa,
à toa,
percorre
célere,
tranquilo,
as alamedas
floridas
do seu passado,
trazendo
à lembrança,
momentos sublimes,
inesquecíveis,
não exauríveis.
Tudo aquilo
que foi vivido,
que foi gravado...
Ela se sente
agradecida
pela alegria,
agora sentida,
em cada cena,
só o fato
de relembrar,
valeu a pena!
a momento,
o tempo
escorre...
Está agora,
no silêncio
da madrugada,
sozinha,
a versejar.
O pensamento
voa,
à toa,
percorre
célere,
tranquilo,
as alamedas
floridas
do seu passado,
trazendo
à lembrança,
momentos sublimes,
inesquecíveis,
não exauríveis.
Tudo aquilo
que foi vivido,
que foi gravado...
Ela se sente
agradecida
pela alegria,
agora sentida,
em cada cena,
só o fato
de relembrar,
valeu a pena!
sábado, 25 de setembro de 2010
Ânsia
Neste corpo
cansado,
envelhecido,
alquebrado,
deformado,
endurecido,
mora um ser,
sensível,
apaixonado,
encantado
com o existir,
com sede de viver!
Não o veja assim,
como um trapo velho,
sem serventia,
muita carência,
tanta anomalia...
As emoções
profundas
de uma vivência
sentiu!
Todas,
de perto,
internalizadas,
exauriu!
Odiou
intensamente,
perdidamente
se apaixonou...
Sorriu,
penou,
se desgastou
de amor...
Contorceu-se
de dor
Reservou-se,
ou então,
desvairadamente
se entregou...
Aconteceu!
Morreu
e reviveu!
Se hoje carrega
este velho
objeto,
enrugado,
dolorido,
cansado,
que a serviu tanto,
é porque o tempo
nele fez
seu trabalho
(como quisera,
ainda,
ser uma manhã,
repleta de orvalho!)
A velha boca
muito sorriu,
muito elogiou,
muita palavra
de conforto
proferiu,
de coragem
foi sua mensagem,
mas, também,
muita mentira
expeliu...
Os olhos,
que tanto viram
(belas paisagens,
horríveis
sofrimentos!)
já derramaram
amargo pranto...
Já chorou
tanto...
Outrora,
no início
da primavera,
já foi bela,
admirada,
desejada,
muito querida...
Hoje,
te olha,
ao começar
a lida,
sabendo,
de ante mão,
o que te espera...
Depois de tudo,
o já vivido,
o acontecido,
te parecerá
uma quimera...
Um sonho
guardado,
preservado
na memória,
(é isso
que se sente),
a tua história...
Correrás,
(como esse ser),
atrás de uma
lembrança boa?
Ou sentirás
a amargura,
a desventura,
de ter vivido
à toa?
Como será
o balanço geral
da tua existência?
Um doce
acontecer,
do bem,
ou um poço
de carência?
Qual das cenas
escolherás
para ficar
gravada?
Emocionalmente
as mais marcadas?
Que o resumo final
da tua vivência,
possa ser
um doce lembrar,
um suave
reviver...
cansado,
envelhecido,
alquebrado,
deformado,
endurecido,
mora um ser,
sensível,
apaixonado,
encantado
com o existir,
com sede de viver!
Não o veja assim,
como um trapo velho,
sem serventia,
muita carência,
tanta anomalia...
As emoções
profundas
de uma vivência
sentiu!
Todas,
de perto,
internalizadas,
exauriu!
Odiou
intensamente,
perdidamente
se apaixonou...
Sorriu,
penou,
se desgastou
de amor...
Contorceu-se
de dor
Reservou-se,
ou então,
desvairadamente
se entregou...
Aconteceu!
Morreu
e reviveu!
Se hoje carrega
este velho
objeto,
enrugado,
dolorido,
cansado,
que a serviu tanto,
é porque o tempo
nele fez
seu trabalho
(como quisera,
ainda,
ser uma manhã,
repleta de orvalho!)
A velha boca
muito sorriu,
muito elogiou,
muita palavra
de conforto
proferiu,
de coragem
foi sua mensagem,
mas, também,
muita mentira
expeliu...
Os olhos,
que tanto viram
(belas paisagens,
horríveis
sofrimentos!)
já derramaram
amargo pranto...
Já chorou
tanto...
Outrora,
no início
da primavera,
já foi bela,
admirada,
desejada,
muito querida...
Hoje,
te olha,
ao começar
a lida,
sabendo,
de ante mão,
o que te espera...
Depois de tudo,
o já vivido,
o acontecido,
te parecerá
uma quimera...
Um sonho
guardado,
preservado
na memória,
(é isso
que se sente),
a tua história...
Correrás,
(como esse ser),
atrás de uma
lembrança boa?
Ou sentirás
a amargura,
a desventura,
de ter vivido
à toa?
Como será
o balanço geral
da tua existência?
Um doce
acontecer,
do bem,
ou um poço
de carência?
Qual das cenas
escolherás
para ficar
gravada?
Emocionalmente
as mais marcadas?
Que o resumo final
da tua vivência,
possa ser
um doce lembrar,
um suave
reviver...
Termas
De manhãzinha
ao raiar do dia,
sentavam-se
em uma mesinha
do bar,
em frente
as piscinas...
Acompanhados
de uma bebida
qualquer,
música no ar,
jogavam
muita conversa
fora...
Seus olhos
felizes
passeavam
pela paisagem,
ou se desviavam
para os pássaros
amarelos,
no seu voar
tranquilo,
infadigável...
Ou, então,
saiam,
empurrando
a cadeira,
por entre
piscinas,
cristalinas,
esfumaçantes...
A explorar
o imenso palco
iluminado,
a essa hora
da manhã,
esvaziado...
Radiantes
usufruiam,
a cada instante,
esse cenário
encantador...
Havia consciência
da sua felicidade!
Momentos
inesquecíveis,
loquazes,
tão doces,
tão caros,
porque fugazes...
ao raiar do dia,
sentavam-se
em uma mesinha
do bar,
em frente
as piscinas...
Acompanhados
de uma bebida
qualquer,
música no ar,
jogavam
muita conversa
fora...
Seus olhos
felizes
passeavam
pela paisagem,
ou se desviavam
para os pássaros
amarelos,
no seu voar
tranquilo,
infadigável...
Ou, então,
saiam,
empurrando
a cadeira,
por entre
piscinas,
cristalinas,
esfumaçantes...
A explorar
o imenso palco
iluminado,
a essa hora
da manhã,
esvaziado...
Radiantes
usufruiam,
a cada instante,
esse cenário
encantador...
Havia consciência
da sua felicidade!
Momentos
inesquecíveis,
loquazes,
tão doces,
tão caros,
porque fugazes...
Cenários
Tem por tarefa
construir cenários
onde cada ser,
que pode contratar,
realiza,
solitário,
a cada instante,
seu "show" particular...
construir cenários
onde cada ser,
que pode contratar,
realiza,
solitário,
a cada instante,
seu "show" particular...
Passagem
Sofrimentos,
decepções,
alegrias,
fazem parte
do viver
de cada dia...
É quem é,
e não é nada...
Leve pluma,
ao sabor
da aragem!
Num momento é,
num outro,
não mais...
Só pequenos
detalhes
no cenário,
são testemunhas
vivas,
da sua presença,
ou da sua passagem...
decepções,
alegrias,
fazem parte
do viver
de cada dia...
É quem é,
e não é nada...
Leve pluma,
ao sabor
da aragem!
Num momento é,
num outro,
não mais...
Só pequenos
detalhes
no cenário,
são testemunhas
vivas,
da sua presença,
ou da sua passagem...
Realização
Felicidade
demais
dói...
Machuca até!
Não mais que
de repente
os sonhos,
os desvarios
de uma vida
inteira,
tornam-se
realidade!
Pessoinhas
amadas,
num instante,
de uma forma
alucinante,
realizando,
a cada dia,
sua própria
fantasia!
O brilho
no olhar
denuncia
a realização
do faz de conta...
Este partilhar
felicidade
é doce demais!
Momentos únicos,
incríveis,
que com certeza,
não se repetem mais...
demais
dói...
Machuca até!
Não mais que
de repente
os sonhos,
os desvarios
de uma vida
inteira,
tornam-se
realidade!
Pessoinhas
amadas,
num instante,
de uma forma
alucinante,
realizando,
a cada dia,
sua própria
fantasia!
O brilho
no olhar
denuncia
a realização
do faz de conta...
Este partilhar
felicidade
é doce demais!
Momentos únicos,
incríveis,
que com certeza,
não se repetem mais...
Vadiagem
No silêncio
da madrugada,
quando só se ouve
a música
dos pássaros,
e só se vê
o vôo magnífico
das borboletas
pela ramagem,
eis que flutua,
uma vez mais...
Pelas piscinas,
límpidas,
esfumaçantes,
à sua frente,
nãos mais
que de repente,
pequenos
pássaros
amarelos
(que belos!)
iniciam
uma coreografia
fantástica,
alucinante!
Um desperdício
de beleza,
pra uma só
transeunte,
que se queda,
fascinada,
pelo presente...
Breves segundo,
o bailado pára,
as aves raras,
prosseguem
seu destino...
Uma vez mais,
registro
o breve estar
em sua formosura!
Devagarinho,
de beleza
em beleza,
ou tristeza,
vai tecendo
a trama
misteriosa,
tênue
e finita,
da sua passagem,
ou vadiagem?
da madrugada,
quando só se ouve
a música
dos pássaros,
e só se vê
o vôo magnífico
das borboletas
pela ramagem,
eis que flutua,
uma vez mais...
Pelas piscinas,
límpidas,
esfumaçantes,
à sua frente,
nãos mais
que de repente,
pequenos
pássaros
amarelos
(que belos!)
iniciam
uma coreografia
fantástica,
alucinante!
Um desperdício
de beleza,
pra uma só
transeunte,
que se queda,
fascinada,
pelo presente...
Breves segundo,
o bailado pára,
as aves raras,
prosseguem
seu destino...
Uma vez mais,
registro
o breve estar
em sua formosura!
Devagarinho,
de beleza
em beleza,
ou tristeza,
vai tecendo
a trama
misteriosa,
tênue
e finita,
da sua passagem,
ou vadiagem?
Uma dança
É madrugada!
Seus pés
deslisam
pela áspera
calçada...
Dança,
solitária,
ao som
dos grilos,
muito tranquilos...
O que era
de manhã
um lindo caminho
iluminado
pela luz do sol,
entre chalés
vazios
e árvores
raras,
agora
é escuridão,
quebrada,
aqui e ali,
por pequenas
lâmpadas
amarelas...
Não há platéia,
só uma coruja
dolente,
voeja
pelos telhados,
avermelhados?
Uma vez mais,
queda-se
agradecida
ao Pai
pelo cenário...
Exausta cai
na grama molhada!
Um sentimento
de plenitude
a invade...
A mente,
silencia,
pacificada...
Desta hora
tardia,
desse lugar
luxuriante,
uma certeza
permanece:
Nos amanhãs
da sua vida,
como que
a consolando,
restará
a doce
lembrança,
e uma dorida,
todavia
deliciosa
saudade...
Seus pés
deslisam
pela áspera
calçada...
Dança,
solitária,
ao som
dos grilos,
muito tranquilos...
O que era
de manhã
um lindo caminho
iluminado
pela luz do sol,
entre chalés
vazios
e árvores
raras,
agora
é escuridão,
quebrada,
aqui e ali,
por pequenas
lâmpadas
amarelas...
Não há platéia,
só uma coruja
dolente,
voeja
pelos telhados,
avermelhados?
Uma vez mais,
queda-se
agradecida
ao Pai
pelo cenário...
Exausta cai
na grama molhada!
Um sentimento
de plenitude
a invade...
A mente,
silencia,
pacificada...
Desta hora
tardia,
desse lugar
luxuriante,
uma certeza
permanece:
Nos amanhãs
da sua vida,
como que
a consolando,
restará
a doce
lembrança,
e uma dorida,
todavia
deliciosa
saudade...
Reminiscências
Leve pluma
ao sabor
do vento,
Não vento forte,
tempestade,
mas brisa suave!
A dança
é tranquila,
única,
ao iniciar
do dia...
Felicidade,
realidade,
sonho
ou fantasia?
Caminha,
devagarinho,
de mansinho,
pelo "caminho
dos sentidos",
nele deixando
a marca
inconfundível,
dos seus passos...
Pés descalços,
molhados
pelo orvalho
da manhã,
e se embriaga...
Toca seu corpo
para sentir
que vive,
que respira!
Ri contente,
e o som
do riso
cristalino
ecoa
pelas belas
veredas
da sua alma
embevecida...
Fora,
ao seu redor,
só o silêncio,
os olhos
fechados
Um leve toque,
um breve agora,
arquivado,
no seu ser,
pequeno fio
de vivências,
que num instante,
não mais será!
Reminiscências...
ao sabor
do vento,
Não vento forte,
tempestade,
mas brisa suave!
A dança
é tranquila,
única,
ao iniciar
do dia...
Felicidade,
realidade,
sonho
ou fantasia?
Caminha,
devagarinho,
de mansinho,
pelo "caminho
dos sentidos",
nele deixando
a marca
inconfundível,
dos seus passos...
Pés descalços,
molhados
pelo orvalho
da manhã,
e se embriaga...
Toca seu corpo
para sentir
que vive,
que respira!
Ri contente,
e o som
do riso
cristalino
ecoa
pelas belas
veredas
da sua alma
embevecida...
Fora,
ao seu redor,
só o silêncio,
os olhos
fechados
Um leve toque,
um breve agora,
arquivado,
no seu ser,
pequeno fio
de vivências,
que num instante,
não mais será!
Reminiscências...
Espelho?
Brinco no viver,
amo o partilhar...
Vou deixando
pelo caminho
um sorriso,
um elogio,
um carinho...
O amor
sempre a tocar!
Adoro voltar
às veredas
já trilhadas,
colhendo,
extasiada,
as flôres
perfumadas,
que plantei...
Testemunhas
vivas
de uma passagem,
do quanto
fui feliz,
do muito
que amei...
amo o partilhar...
Vou deixando
pelo caminho
um sorriso,
um elogio,
um carinho...
O amor
sempre a tocar!
Adoro voltar
às veredas
já trilhadas,
colhendo,
extasiada,
as flôres
perfumadas,
que plantei...
Testemunhas
vivas
de uma passagem,
do quanto
fui feliz,
do muito
que amei...
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Será?
Num instante,
a tua voz
inebriante,
ilumina
os recônditos
longinquos
da minh'alma
embevecida!
Ao teu toque,
respiro
ofegante,
ansiosamente
retorno à vida...
Porém,
os cumprimentos
terminam,
a gente
se afasta
p'ra se encontrar,
talvez,
num tempo
qualquer,
em outro lugar...
a tua voz
inebriante,
ilumina
os recônditos
longinquos
da minh'alma
embevecida!
Ao teu toque,
respiro
ofegante,
ansiosamente
retorno à vida...
Porém,
os cumprimentos
terminam,
a gente
se afasta
p'ra se encontrar,
talvez,
num tempo
qualquer,
em outro lugar...
Carícia...
Atraídos fomos,
sem o saber,
a esse lugar...
Num raro
instante,
ainda uma vez,
nos tocamos,
nos acariciamos,
com o olhar...
sem o saber,
a esse lugar...
Num raro
instante,
ainda uma vez,
nos tocamos,
nos acariciamos,
com o olhar...
Iluminadora
O Senhor
me fez na vida
iluminadora
de palcos
apagados...
Clarear,
trazer à cena,
aos refletores,
performances
grandiosas
de atores
sublimes,
até então
relegados,
ignorados...
me fez na vida
iluminadora
de palcos
apagados...
Clarear,
trazer à cena,
aos refletores,
performances
grandiosas
de atores
sublimes,
até então
relegados,
ignorados...
Certeza
No silêncio
profundo
da madrugada
fria,
meu ser
se transforma,
à minha revelia...
Torna-se saudoso
do que foi outrora,
do que já viveu
impensadamente,
inconsequente...
Doi-se
pelo passado
distante,
tão relevante...
Meu ser
hoje chora
pelo já ido,
que foi embora,
perdido
nas densas
brumas
de um Avalon
querido...
Há abertas
feridas,
mui doridas,
e horrendas
cicatrizes,
a mostrar
sem compaixão,
que o passado
será sempre
recordado,
quer queira
o ser,
quer não...
profundo
da madrugada
fria,
meu ser
se transforma,
à minha revelia...
Torna-se saudoso
do que foi outrora,
do que já viveu
impensadamente,
inconsequente...
Doi-se
pelo passado
distante,
tão relevante...
Meu ser
hoje chora
pelo já ido,
que foi embora,
perdido
nas densas
brumas
de um Avalon
querido...
Há abertas
feridas,
mui doridas,
e horrendas
cicatrizes,
a mostrar
sem compaixão,
que o passado
será sempre
recordado,
quer queira
o ser,
quer não...
marca
As lembranças
de um passado,
tudo aquilo
que foi marcado,
com ferro e fogo
no coração,
será sempre,
sempre recordado,
quer queira o ser,
quer não...
de um passado,
tudo aquilo
que foi marcado,
com ferro e fogo
no coração,
será sempre,
sempre recordado,
quer queira o ser,
quer não...
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Vazio
Uma a uma,
as pessoas
que amei,
com que sorri,
ou chorei,
que me amaram
e que amei,
pequenas luzes
na minha vida,
silenciosamente,
vão se apagando,
vão deixando
a lida!
Uma a mais
que se vai,
mais um adeus...
Só o tempo,
médico da alma,
cicatriza a ferida,
traz o esquecimento...
Outras vêm
e virão,
preencher
o vazio
deixado
pelas que
se foram...
Substituição
jamais...
Perene
esse transitar
pela existência,
cada contato,
nova experiência...
Ao final
do acontecer,
aprende-se
a existir,
a envelhecer...
as pessoas
que amei,
com que sorri,
ou chorei,
que me amaram
e que amei,
pequenas luzes
na minha vida,
silenciosamente,
vão se apagando,
vão deixando
a lida!
Uma a mais
que se vai,
mais um adeus...
Só o tempo,
médico da alma,
cicatriza a ferida,
traz o esquecimento...
Outras vêm
e virão,
preencher
o vazio
deixado
pelas que
se foram...
Substituição
jamais...
Perene
esse transitar
pela existência,
cada contato,
nova experiência...
Ao final
do acontecer,
aprende-se
a existir,
a envelhecer...
Viver
Existir,
acontecer!
Aventura única,
indescritível,
alucinante,
envolvente,
que embriaga,
enlouquece
e desatina
o pobre ser...
acontecer!
Aventura única,
indescritível,
alucinante,
envolvente,
que embriaga,
enlouquece
e desatina
o pobre ser...
Prisão
Ao deixar
de fazer
escolhas,
quando
enlouqueci,
prendi-me
então,
nas suas peias,
por não
livrar-me
de ti...
de fazer
escolhas,
quando
enlouqueci,
prendi-me
então,
nas suas peias,
por não
livrar-me
de ti...
Espaços
Eu me perco
quando,solitária,
percorro
as alamedas,
do que chamo,
com carinho
minha vida...
Até então,
completamente
esquecida!
Me delicio
no flutuar,
no não decidir,
só navegar...
Trilhar,
por um manso
mar,
ou ficar
na areia,
e nela deixar
as marcas tênues
dos meus passos...
Ocupar plena,
dentro de mim,
todos os recantos,
os mais sutis,
os recônditos,
todos os espaços...
quando,solitária,
percorro
as alamedas,
do que chamo,
com carinho
minha vida...
Até então,
completamente
esquecida!
Me delicio
no flutuar,
no não decidir,
só navegar...
Trilhar,
por um manso
mar,
ou ficar
na areia,
e nela deixar
as marcas tênues
dos meus passos...
Ocupar plena,
dentro de mim,
todos os recantos,
os mais sutis,
os recônditos,
todos os espaços...
Verdade
Você,
entre outras,
é a âncora
que me prende,
ao que denomino,
realidade...
Evita
de me perder,
do que chamo
enlouquecer,
aquilo
que separa
uma mentira
de uma verdade....
entre outras,
é a âncora
que me prende,
ao que denomino,
realidade...
Evita
de me perder,
do que chamo
enlouquecer,
aquilo
que separa
uma mentira
de uma verdade....
Ajuste
Vai em meio
o caminho
já trilhado...
Trago
no peito,
a certeza
de ter fracassado...
Nessa insane busca
do que é efêmero,
deixei passar,
sem muitas marcas,
os verdes anos
dessa minha vida...
Agora,
quando a velhice
bate à porta,
a inutilidade
do que fui
e fiz,
do que decidi,
impensadamente,
deixa-me
esse gosto amargo,
de ter vivido,
quase inutilmente!
o caminho
já trilhado...
Trago
no peito,
a certeza
de ter fracassado...
Nessa insane busca
do que é efêmero,
deixei passar,
sem muitas marcas,
os verdes anos
dessa minha vida...
Agora,
quando a velhice
bate à porta,
a inutilidade
do que fui
e fiz,
do que decidi,
impensadamente,
deixa-me
esse gosto amargo,
de ter vivido,
quase inutilmente!
Desejo
Impossível
para um ser
alcançar
a profundeza
da fossas abissais,
ou a imensidão
das via lácteas
colossais,
existentes
num outro ser,
jamais...
para um ser
alcançar
a profundeza
da fossas abissais,
ou a imensidão
das via lácteas
colossais,
existentes
num outro ser,
jamais...
devaneios
Tirar de mim
os devaneios,
é como arrancar
os esteios,
com os quais
suporto a vida,
e toda sua maldade....
os devaneios,
é como arrancar
os esteios,
com os quais
suporto a vida,
e toda sua maldade....
Engano
Muitas vêzes,
demoramos tanto
a perceber,
depois,
em amargo pranto,
com desencanto,
que ofertamos
nossas melhores
pérolas,
(que ironia!)
a quem
não merecia...
demoramos tanto
a perceber,
depois,
em amargo pranto,
com desencanto,
que ofertamos
nossas melhores
pérolas,
(que ironia!)
a quem
não merecia...
Bailarina
Já estive
soberana,
num palco
iluminado...
Do espetáculo,
a primeira
bailarina!
Vivi,
num longo
parênteses,
um louco amor,
na surdina...
(ainda alucina?)
Um desabrochar
na primavera,
exalando
o perfume
da quimera,
embriagando
o transeunte,
convidando-o
a se apaixonar!
Por um momento,
um breve segundo,
afrontei o mundo,
aconteci...
Exauri a vida
na sua plenitude,
embarquei
na paixão
que ilude,
no final
do ato,
cansada,
adormeci...
soberana,
num palco
iluminado...
Do espetáculo,
a primeira
bailarina!
Vivi,
num longo
parênteses,
um louco amor,
na surdina...
(ainda alucina?)
Um desabrochar
na primavera,
exalando
o perfume
da quimera,
embriagando
o transeunte,
convidando-o
a se apaixonar!
Por um momento,
um breve segundo,
afrontei o mundo,
aconteci...
Exauri a vida
na sua plenitude,
embarquei
na paixão
que ilude,
no final
do ato,
cansada,
adormeci...
passagem
Sofrimento,
decepção,
alegria,
fazem parte
do viver
de cada dia...
Sou quem sou
e não sou nada...
Um caminhante
à beira
da estrada...
Leve pluma
ao sabor
da aragem...
Às vêzes,
suave
miragem...
Num momento
estou,
num outro,
não mais...
Só pequenos
detalhes
no cenário,
são testemunhas
mudas,
da minha presença,
da passagem...
decepção,
alegria,
fazem parte
do viver
de cada dia...
Sou quem sou
e não sou nada...
Um caminhante
à beira
da estrada...
Leve pluma
ao sabor
da aragem...
Às vêzes,
suave
miragem...
Num momento
estou,
num outro,
não mais...
Só pequenos
detalhes
no cenário,
são testemunhas
mudas,
da minha presença,
da passagem...
Prisão
Abriu-se
a porta
da gaiola
dourada...
Assim,
do nada!
O pássaro
prisioneiro,
entoou
seu canto
derradeiro,
e voou,
p'ra liberdade...
(nada de saudade!)
Planar
sobre telhados
vermelhos!
Cantar
em palcos
iluminados,
encantados...
Conhecer
e conviver
com outras
aves
iguais...
Para a prisão
soturna,
lúgubre,
medonha,
não retornar,
em tempo algum,
jamais...
a porta
da gaiola
dourada...
Assim,
do nada!
O pássaro
prisioneiro,
entoou
seu canto
derradeiro,
e voou,
p'ra liberdade...
(nada de saudade!)
Planar
sobre telhados
vermelhos!
Cantar
em palcos
iluminados,
encantados...
Conhecer
e conviver
com outras
aves
iguais...
Para a prisão
soturna,
lúgubre,
medonha,
não retornar,
em tempo algum,
jamais...
Embriagar...
Sentir
o ar
penetrar
nos pulmões
exauridos...
Saborear!
Cada papila
a afagar
um divino
um manjar!
Tocar!
Com a pele
acariciar
a maciez
das pétalas
das flores,
a se perfumar...
Enchergar
a beleza
do campo,
a maravilha
da cor!
Divisar
por entre
tanta gente,
o meu carinho,
o meu amor!
o ar
penetrar
nos pulmões
exauridos...
Saborear!
Cada papila
a afagar
um divino
um manjar!
Tocar!
Com a pele
acariciar
a maciez
das pétalas
das flores,
a se perfumar...
Enchergar
a beleza
do campo,
a maravilha
da cor!
Divisar
por entre
tanta gente,
o meu carinho,
o meu amor!
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