Desafiadora,
embriagadora
retomada
de tudo
que era
no passado,
que jazia
perdido
nas brumas
de um Avalon
que parecia
inatingível,
e por isso
tão desejado...
Tornar ato,
o que era
uma potência,
longamente
adormecida,
em uma vida...
Buscar,
por vielas,
quase perdidas,
na floresta
densa e escura
do não lembrar,
do não existir,
na ambivalência
da identidade...
Desejar,
sofregamente
conhecer,
o seu âmago,
a sua essência...
"Muito prazer,
em reconhecê-la
outra vez!"
Árdua
é a tarefa
da reconstrução!
Me dê a mão!
Ajuda-me
a lembrar!
(Tanto tempo faz!)
O já ido
é tão fugaz...
Plantar
dentro de si,
a sementinha,
irresistívelmente
linda,
desejada,
da liberdade...
Sentir
a ânsia
de viver
eternamente,
por certo,
quando a morte,
traiçoeira,
ronda
tão perto...
Ver o florir,
e o colorir,
de belos jardins,
onde só havia,
as areias
tórridas,
inóspitas,
vazias
de um deserto...
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