sábado, 21 de maio de 2011

Perdão

É longa,
envolvente,
apaixonante
a história,
o grande enredo!
Romance único
que nos molda,
e alucina...
É desconhecido
o sentido,
o segredo
de cada sina!
Ante a força
descomunal
que nos impele,
incapazes somos
de raciocinar,
e o querer
pra outro fim
direcionar...
Só a paixão
que nos devora,
é cantada
em verso
e prosa,
eternamente,
no agora...
Sentimentos
de sofrimento,
de vazio,
de abandono
e exaustão
nos tomam,
ao ela ir
embora...
Ter no olhar,
o desejo
a procurar
um par,
que irá
nos completar...
Amarga ilusão!
Viver,
só a isso
se resume?
(Efêmero lume!)
A alma
pede mais,
muito mais
da existência!
Como viver
em perpétuo
estado
de efervescência?
Como plantar
flores
no árido
deserto?
É comover-se,
por certo!
É pisar,
descalço,
eternamente,
a grama
molhada
pelo orvalho,
sem entediar-se,
sem cortar
atalho...
Como ser
alegre
na frustração?
É gerar
perdão!
É ser sempre
o plácido rio
a correr,
mudando
a cada trecho
do caminho,
recriando
um novo ser...
Reinventar-se
continuamente,
sofregamente
e jamais,
em tempo
algum,
deixar
de estar
sozinho...

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