Ontem,
pela primeira vez,
depois de um
longo inverno,
ao ouvir
o som
inequecível
de um adagio,
desprendeu-se
da realidade,
e pode flutuar,
viajar...
Ao tomar
distância
de si mesma,
visualizou
caminhos
e caminhos
coloridos
e ignorados,
belíssimos,
encantados...
Tocou,
de leve,
na passagem,
(uma miragem)
na branca
e cálida areia
da deserta
praia,
onde seu ser
desmaia...
Flutuou
em altos
píncaros
e deles
despencou,
e se entregou
sem medo,
ao gozo
sublime
do se ver
no ar
a rodopiar,
e se sentir
eterna!
Eis o segredo,
onde o medo?
Navegou,
pelo rio
límpido
e calmo,
que atravessa
a insondável
floresta...
Com a alma
em festa,
abrindo
lentamente
os olhos
ao regressar
e divisar
um mar
de cabeças
ao seu redor,
nessa passagem,
perguntou-se
curiosa:
teriam elas,
feito também,
cada qual,
a sua viagem?
Nenhum comentário:
Postar um comentário