segunda-feira, 13 de junho de 2011

Dor

Ansiada!
Estava
angustiada,
parada
no nada...
Silenciosa,
imensamente
fria,
vazia,
dolorosamente
soliária
a madrugada...
O próprio
sentir
era gelado!
As pontes
lançadas
pelo seu ser
vazio,
desprezado,
como no estio,
não eram
alicerçadas...
Só o medo
pavoroso,
irracional,
tenebroso
a acompanhava
na longa noite
negra,
escura,
perdida...
Um barco
sem rumo,
à deriva,
em meio
à tempestade,
que o invade...
Vagando
a esmo,
nenhum porto
seguro
onde ancorar...
As velas
arriadas,
rasgadas...
Por certo,
vai morrer
e fazer
parada
no meio
do mar...
Ou talvez,
quem sabe,
numa longínqua
e perdida
enseada...

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