Chuvoso o dia,
garoa fina,
fria,
depois
do temporal...
A ti chegou,
vagarosamente,
sentindo
enorme tristeza,
terrível mal...
Dor infernal!
De quem é
a culpa, afinal?
Um doente mental?
Velho amigo,
colocou-se
em pé,
à sua frente,
enlouquecida...
Sentia
perder a vida!
O vento forte
que encrespava
as águas turvas
formando
pequenas ondas,
gemia...
A garoa
fria
fustigava
o seu rosto,
e pra seu
gosto,
balançava
as vestes,
colando-as
no seu corpo
agora já morto...
Respirou
lenta,
profundamente!
O vento gelado
encheu o peito,
quase doente...
Várias vezes
tragou o ar!
Sentiu-o
penetrar
as células
todas
do seu ser
amargurado,
ensimesmado...
Fechou
os olhos,
docemente,
imaginou-se
no pico
do Everest,
topo do mundo,
por breves
segundos...
Uma vez,
uma vez mais,
inspirou fundo...
De repente,
misteriosamente,
o sol,
que se punha
no horizonte,
levou consigo
a grande dor...
E, ainda uma vez,
no recôndito
mais in
de sua alma
atormentada,
agora
aliviada,
sentiu-se
amparada,
confortada,
abraçada
pelo imenso,
inefável,
maravilhoso
Amor!
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