segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A poeirenta viagem até Londrina

Dependia
da metereologia!
Se chovia,
era um contratempo,
não se saia,
ou era ficar
atolado,
na estrada
embarreirada,
na enchorrada...
Sair do atoleiro,
só com corrente,
ou um trator,
que se colocava
à beira da estrada,
estrategicamente...
Mas, num dia
ensolarado,
lá se ia,
rumo à civilização!
Rumo ao mundão...
Era viagem
para um dia!
Não havia pressa,
a hora lenta,
vagarosamente,
escorria...
O passar das rodas
pela terra vermelha
do leito da estrada,
levantava um poeirão,
que impregnava,
emporcalhava,
à beira do caminho,
toda a vegetação...
Quando acontecia
de aparecer
outro veículo,
à frente,
nada se enchergava....
Engolia-se pó,
literalmente!
Ao chegar
à cidade grande,
do viajante
só se divisava
o branco do olho...
Tudo o mais
era poeira!
As mulheres,
p'ra se protejer,
usavam compridos
guarda-pós,
lenços coloridos.
Inútil arrumação!
Mas lá chegando,
havia um lugar,
onde era possível
se limpar...
Só então,
feita a limpeza,
saia-se,
o comércio,
a explorar,
que os aguardava...
Percorrer,
alegremente,
as ruas da cidade...
O passeio,
tão raro,
tão diferente
e tão bonito,
compensava
tamanho sacrifício,
tanta morosidade!

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