quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Breve é a vida,
uma gota de chuva
a escorrer
pela vidraça...
Num momento é,
num outro passa...
Novos atores,
outros amores,
vão surgindo
a cada curva
da estrada,
pedregulhada?
Com os quais
se inicia,
misteriosamente,
um relacionamento
triste,
vazio,
odioso,
estressante
ou gratificante,
pela eternidade...
Quando prazeiroso,
nos alivia
ou deixa saudade...
A existência
começa agora,
e só valerá
daqui pra frente...
Nunca se irá
embora,
nós nos veremos,
no futuro,
irremediavelmente...
"Na natureza nada se perde,
nada se cria,
tudo se transforma",
já disse o sábio,
um dia,
pra nossa alegria.
Espiritualmente,
vale o mesmo?
Provavelmente...
Por que não transformar
nosso contracenar,
numa aventura
prazerosa,
rica em experiências,
indescritivel?
É pouco inteligente,
masoquista, talvez,
tornar nosso viver
em uma relação
quase impossível...
Por que não dialogar,
calma e
educadamente?
Colocar,
os pontos
de divergência,
sobre a mesa?
Discutir,
conversar
sobre pontos de vista
com a maior clareza?
Por que não respeitar,
e aceitar
que se pensa
diferentemente?
Refletir,
inquirir,
sobre a maneira
de dirigir,
de direcionar
a nossa existência?
Por que existir
o desejo,
frenético,
de só espicaçar?
De querer,
literalmente,
deletar
o divergente
da convivência?
Como visualizar
e manter
os limites
da boa vizinhança?
Parece
humanamente
impossível
ser um ser racional,
quando se está,
mergulhado,
atolado,
em pleno mal.´
Buscar
a harmonia,
a paz,
não satisfaz..
Encontrar
a felicidade,
é um sonho fugaz,
que não condiz
com a realidade,
onde o desejo
manifesto,
é a agressividade...
Como parar
essa ânsia maluca,
de se trucidar?

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