Onde o cenário,
o palco
encantado,
onde encenavam,
extasiados,
belas cenas
de amor,
com um diálogo
(tão rico era!),
abrasador?
Lá estava ela,
à espera,
de se espelhar,
no seu olhar...
Finalmente
chega o momento,
tão aguardado,
de se estar
frente à frente...
Mergulhar
no mais profundo
encantamento...
Miríades
de borboletas azuis,
de rouxinóis,
cantantes,
flutuam
na atmosfera!
Minúsculos
pontos de luz,
faiscam
na doce quimera...
Como esquecer,
se só deslumbramento
havia?
Não confessar,
estranha covardia!
A emoção
rodopiava
no ar...
Eram pássaros
e mais pássaros
a cantar
a mais bela
das melodias!
Embevecidos,
só se olhavam,
e se devoravam
sem se tocar...
Ela falava
das suas viagens
pelos livros,
do seu flutuar
numa clave de sol...
Ele ouvia
as fantasias,
o que menos
importava,
era o tagarelar..
Hoje,
O palco
não mais existe,
ele se foi...
Só resta
uma caminhante
triste,
que guarda
na memória,
uma maravilhosa
história,
desfrutada,
e esgotada,
num passado
distante,
vivida a dois...
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