O canto
dos quero-quero
de manhãzinha,
trás à mente,
o mar...
Chego a sentir,
nas narinas,
seu cheiro,
inconfundível,
a me provocar!
A areia fria,
macia,
sob os pés
descalços,
que sem percalços,
vão deixando
marcas leves,
que as ondas
em breve,
apagam sem dó...
Sentir na pele
o toque suave
da brisa
que passa,
partindo
p´ra outras
paragens,
em suas viagens....
A cabeça vazia
de pensamentos,
de sentimentos,
apenas o existir,
o se encontrar,
e se amar...
Por que fugir
da solidão,
quando
o estar só,
é incrivelmente
bom?
Apreciar
a própria
companhia,
curtir-se,
ao longo
do caminho,
faz nascer
na alma
inquieta,
o desejo,
irreprimível,
de se estar
sozinho...
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