quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Folia

Em uma manhã,
quiçá
a derradeira
de uma vida
inteira,
perdida,
vazia,
vadia,
não vivida,
foi acordada
pelo já ido,
o já vivido...
Tomou posse
do que fora,
resgatou-se!
Num segundo,
naufragou,
delirou,
enlouqueceu...
Fez força
brutal,
descomunal,
lançou âncora
profundamente
para não voar
e no nada,
suavemente,
mergulhar...
Prendeu-se
ao cotidiano,
à tarefa
rotineira
da vida
inteira!
Todavia
gostou
de se perder
em si,
e se achar...
Amou viver
uma paixão
violenta,
muito sedenta!
Ao retomar
o seu passado,
entrou
em sintonia
com aquele ser
que é pura
poesia!
A vida, agora,
repleta de magia,
transformou-se
em um imenso
festival!
O seu dormir
de cada dia,
tornou-se
uma aventura
incrivel!
Vestiu
uma bela
fantasia,
para, então,
brincar,
(que rebeldia!)
numa folia
de carnaval!

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